Vila Verde
Concelho do território com uma população 47.888 habitantes em 2011, possui uma área de 229 km², o que lhe confere uma densidade populacional de 210 hab/km2. Os limites deste município são compostos a Norte pelo município de Ponte da Barca , a leste por Terras de Bouro, a sul por Braga, a sueste por Amares, a oeste por Barcelos e a noroeste pelo concelho de Ponte de Lima.
Vila Verde é um concelho com pouco mais de cem anos de existência e, um dos maiores da província do Minho. Foi fundado em 24 de Outubro de 1855, com a extinção de outros concelhos como, Pico de Regalados, Vila Chã e Larim, Penal e Prado, cujas origens remontam a nebulosos tempos da Pré-História e da Idade Média.
Património
Em termos de património imobiliário ele é constituído por um monumento nacional a Ponte de Prado (Rio Cávado) e por um conjunto de importantes imóveis de interesse público, nomeadamente a Casa de Carcavelos, os Castros de Barbudo e S. Julião, o Cruzeiro de Cervães, o Pelorinho de Prado e a Casa da Botica.
Os recursos etnográficos, a religiosidade e os usos e costumes locais têm neste concelho uma grande diversidade e riqueza cultural, estando bem patentes nas festas e romarias(cerca de centena e meia desses eventos festivos e religiosos ocorrem ao longo de todo o ano). As feiras, de periodicidade semanal, quinzenal, mensal e anual, o artesanato local no qual os Lenços de Namorados, verdadeiros ex-libris desta terra, os artigos em linho, a tecelagem em trapos, as miniaturas e brinquedos em madeira, as cangas e jugos de bois, os instrumentos musicais, a olaria, a cerâmica pintada à mão e os produtos agrícolas locais são importantes recursos locais que têm sido preservados e valorizados.
Em termos de património natural as linhas de água principais (Cávado, Homem e Neiva) e a zona montanhosa das encostas de Mixões da Serra assumem o maior destaque e são extremamente interessantes pela riqueza e diversidade da sua paisagem, flora e fauna.
Produtos locais
A carne de raças autóctones, com destaque para o frango criado em liberdade e que dá origem ao famoso arroz de “Pica no Chão” ou de cabidela são alguns dos produtos locais mais procurados por quem visita este concelho. O artesanato tradicional representado essencialmente pelos famosos Lenços de Namorados e todo um conjunto de novos produtos que surgiram a partir destes bordados, que já ganharam direito a um evento anual designado por “Namorar Portugal” assim como a uma marca registada, representam o que melhor se faz a nível da produção local neste concelho.
Turismo
Os rios Cávado e Homem são cursos de água que também atravessam este concelho e constituem excelentes locais de lazer , apresentando boas condições para o turismo fluvial (ex. canoagem, pesca desportiva). Ao visitar Vila Verde, conviva com as suas gentes, alojando-se no ambiente familiar, nas casas de turismo no espaço rural, e aprecie os saberes e sabores da nossa gastronomia tradicional.
A gastronomia local tal como nos outros concelhos, também aqui assume um papel de destaque, com o pudim “abade de priscos”, padre natural da freguesia de Turiz, que ficou famoso pelos seus dotes culinários, é uma das iguarias a não perder pelos visitantes, os quais não se devem esquecer de saborear o “arroz de pica no chão”(arroz de cabidela de frango caseiro).
As aldeias tradicionais de Pequenina/Casais de Vide, Casais, Nogueira e Mixões da Serra, são entre outras aldeias de montanha, aquelas onde é possível encontrar e conviver com todas as características de um meio rural ainda vivo, existindo um conjunto de infraestruturas de alojamento turístico e animação turística disponíveis, para todos aqueles que queiram desfrutar do contacto directo com este ambiente natural.
O pudim abade de priscos, do conhecido “Papa dos cozinheiros” – “Abade de Priscos”, natural da freguesia de Turiz, que ficou famoso pelos seus dotes culinários, é uma das iguarias que faz parte da herança gastronómica deste concelho e que deve apreciar com toda a atenção. Outras especialidades gastronómicas a salientar são os Rojões à moda do Minho, papas de sarrabulho, arroz de frango “pica no chão”, cozido à portuguesa, caldo verde, sempre acompanhado pela broa de milho, cabrito assado no forno, vitela barrosã, pataniscas de bacalhau, enchidos e o presunto.
Ao nível da sobremesa, rabanadas, aletria, creme queimado, pão-de-ló, sonhos, formigos, pudim de ovos , são uma pequena amostra das iguarias com que se pode deliciar. O vinho verde de grande qualidade, produzido no concelho, branco ou tinto, é um elemento indispensável que acompanha muito bem esta suculenta gastronomia, muitas vezes também como ingrediente, dando-lhe um paladar único em todo o mundo.
Gondomar
A aldeia de Gondomar situa-se na encosta de Mixões da Serra, concelho de Vila Verde. Esta localidade apresenta muitos vestígios arqueológicos, sobretudo da época pré-histórica, destacando-se uma mamoa no Monte do Barrete e uma sepultura medieval cristã, no lugar da Igreja. Aprecie a paisagem caracterizada pelos socalcos e verdes campos, carvalhais e giesta!
Na aldeia, atente no património bem conservado: o Cruzeiro (um dos mais antigos do concelho de Vila Verde), o Coreto e a igreja de Nossa Senhora da Assunção, um conjunto de casas rústico/rurais, que constituem o núcleo da típica aldeia minhota, os espigueiros e a casa da eira. O Fojo do Lobo, classificado como monumento de interesse concelhio, é o ex-líbris da zona. Trata-se de um dos fojos do lobo mais bem preservados do nosso país, e um dos maiores da Península Ibérica. Os lenços dos namorados, artesanato típico da região, são a recordação perfeita para trazer consigo!
Pequenina
Pequena aldeia de uma das mais tradicionais freguesias de Vila Verde (Aboim da Nóbrega) situada em zona de montanha, situada a norte de Vila Verde e muito próximo do concelho vizinho de Ponte da Barca. Composta por um aglomerado de casas rurais em granito, destacando-se pela sua antiguidade e história a famosa casa da Pequenina, imóvel de grandes dimensões comparativamente com os seus vizinhos, típico da arquitectura popular minhota, totalmente murada em granito, com um espigueiro em passadiço, capela e eira (onde por vezes ainda se realizam malhadas tradicionais em épocas festivas), pena é que esteja em avançado estado de degradação.
É possível apreciar uma paisagem com as casas quase encobertas pelas ramadas, espigueiros e medas de palha, e onde se pode apreciar junto aos terrenos circundantes plantações hortícolas e espécies pecuárias como os galináceos, ovelhas, vacas e cavalos.
Como pontos de interesse para o visitante temos a Casa do Picão (emigrante no Brasil que se afirma ter sido um dos fundadores da vila de Nª Srª do Bom Despacho no Brasil. A igreja de NªSrª da Assunção que em tempos remotos foi mosteiro de freiras beneditinas e cuja construção primitiva é do tempo do românico e a fonte do Dente Santo (dente ao qual outrora foram atribuídos poderes de cura da raiva a pessoas mordidas por cães com esta doença).
Santo António Mixões da Serra
Santo António de Mixões da Serra é uma aldeia genuína que se situa na freguesia de Valdreu, concelho de Vila Verde. A localidade caracteriza-se pelo casario típico minhoto, em granito, com elementos ligados às atividades tradicionais agrícolas, que foi alvo de restauro. Destaca-se, ainda, um pelourinho e os espigueiros, utilizados noutros tempos para secar e armazenar os cereais.
Desvende a história da Igreja de Santo António de Mixões da Serra e suba a escadaria que o levará a um deslumbrante miradouro com a imagem de Santo António. Admire os campos verdejantes sarapintados pelos animais no pastoreio: é muito provável que veja cavalos selvagens a pastar livremente! Desfrute do espaço de lazer existente que convida à realização de agradáveis piqueniques em família e retempere energias inspirando a pureza do ar da serra!
Se gosta de aventura efetue a Rota de Mixões da Serra, um percurso cicloturístico destinado a ser percorrido em BTT (cerca de 26 quilómetros), quase todo feito por caminhos florestais. O evento principal da aldeia é a centenária Bênção dos Animais, que se realiza, em junho, no conhecido Santuário de Santo António de Mixões da Serra. Uma tradição que remonta ao século XVII e que leva milhares de pessoas a Mixões da Serra.